segunda-feira, julho 06, 2015

Vou ter um filho - Por que estou monotemática.

A notícia de uma gravidez é uma novidade e tanto na vida de uma pessoa. É incrível como mudamos nossa rotina e nossa forma de pensar durante a gestação de um filho. Nesse cenário, existem tipos diferentes de pessoas: as que gostam de compartilhar sua vida com os outros, e as que, vamos assim dizer, são mais reservadas. 

Se avaliarmos um contexto geral, podemos notar que esses dois tipos de pessoas existem em todos os cenários: os que compartilham a felicidade de um time que ganhou um jogo e os que guardam suas preferências futebolísticas; os que compartilham todas as comidas que comem, e os que apenas mastigam a refeição em silêncio; os que colocam na rede a roupa que escolheram pra usar naquele dia e os que simplesmente se vestem sem avisar a ninguém; os que tem fotos lindas com seus cachorros e os que simplesmente deixam isso pra lá... 

Eu sou do primeiro grupo. Do grupo dos compartilhadores. Isso não faz a minha  vida ser muito interessante, e eu não tenho essa pretensão. Não compartilho minhas coisas porque quero mostrar que sou muito legal. Compartilho apenas porque me sinto bem. Porque me orgulho dos meus filhos. Porque sou bobinha mesmo. 

Vou compartilhar com vocês um segredo: aprendi demais nessa gravidez sobre as pessoas. Aprendi que, independente do que te aconteça, tem algumas pessoas que simplesmente não se importam e ponto final, e que tem outras que te surpreendem de uma maneira incrível e emocionante. Gostei muito dessa sensação. Gostei de conhecer as pessoas que estão "perto" de mim.

Nesses quase 9 meses, pessoas muito próximas não me perguntaram como eu estava, ou se eu estava precisando de alguma coisa, ou como minha filha estava. E pessoas de muito longe me emocionaram com sua presença apesar de qualquer distância, com sua alegria pela minha alegria. Confesso: eu gostei de perceber essas reações. Gostei de saber que existem algumas pessoas que gostam verdadeiramente de mim. Isso é uma coisa que não tem preço.
Que fique claro: respeito todas as pessoas. Inclusive as que não se importam com a minha vida, e até as entendo, afinal, por aqui não há nada de extraordinário para se ver. 

Quanto a estar monotemática, é bem simples: me sinto uma ganhadora de loteria. Não tenho outro assunto senão minha sorte. Não tenho no rosto nada além do meu riso frouxo de quem se sente abençoada. Foram incríveis (quase) 9 meses de gravidez, falando sem parar nisso, e não se enganem: depois do nascimento, vai piorar. Vai ser uma vida inteira de histórias compartilhadas. De riso e de gracinhas que provavelmente só eu vou achar graça.

Não estou obrigando ninguém a ficar. Quem quiser puxar uma cadeira, pode sentar na roda. Quem quiser ir, a porta está aberta... Obrigada a todos os meus amigos e familiares queridos pelos momentos compartilhados. 



Até.

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