sexta-feira, abril 24, 2015

Desapego e organização na hora de mudar

Mudar,não é fácil. Mas é preciso.

Quando ocorre um motivo de mudança em casa, temos que nos organizar para passar por essa fase da melhor maneira possível. Os motivos podem ser os mais diversos: uma reforma que a gente quer fazer, uma alteração no estilo de vida que a gente quer propor, e no caso aqui de casa, a chegada de um bebê + todos os motivos anteriores.

Já faz um certo tempo que estou querendo organizar a casa, porque venho achando que temos "coisas demais". Sim é bem isso: temos coisas demais! Livros demais, louças demais (aos pares, sem pares, perdidas), roupas de cama demais, roupas demais, brinquedos demais... um apartamento monstro que ao longo desses últimos 3 anos foi acumulando tantos objetos e tanta tralha, que eu fico pensando por onde eu vou começar?

Não há oportunidade melhor pra rever tudo isso que a chegada de um bebê. Afinal, um bebê traz consigo uma infinidade de tralhas. Parece que bebês precisam de tanto espaço, e de tanta coisa... Você olha para as listas de itens do bebê e lá estão 5 mantas, 6 jogos de cama, carrinho, bebê conforto, cadeira de carro, cadeira de comida, berço desmontável, e vai além. 

Mas será que precisam de tudo isso mesmo?

Na verdade, não. Sou mãe de segunda viagem, e isso anda facilitando as coisas por aqui. Não há desespero, nem tip tops demais. Nem banheiras com pés. Muito menos estoques infinitos de fraldas e produtos de higiene. Não temos espaço aqui para armazenar essas coisas, e adivinhem só: tudo isso ainda estará a venda em qualquer mercado ou loja próxima, para que eu possa comprar SE e QUANDO o bebê precisar.

A verdade é que fomos todos ficando muito consumistas ao longo dos anos. E abarrotamos nossa casa de coisas, e precisamos encontrar tempo para cuidar dessas coisas. Mas ora, se mal temos tempo pra ficar com a família e os amigos, porque então ainda continuamos enlouquecidos adquirindo coisas? Isso tá mudando por aqui. Ainda bem. Vinícius não precisa de tantos brinquedos, eu não preciso de tantas tintas e lápis de desenho, e a Valentina não precisa de estoques. Não entraremos em guerra (espero eu) nos próximos anos. 

Começamos:

1. Separando:é muito importante fazer uma seleção das coisas que tem, e decidir se é realmente necessário guardar tudo que você possui. É um dos passos mais desafiadores, porque você precisa trabalhar o desapego, e ficar apenas com o que você usa e aprecia de fato.

2. Doando:tem muita gente precisando, daquilo que você não precisa mais. Essa é uma frase que vai perdurar por toda a sua vida. Lembre-se de doar apenas coisas em bom estado e limpas. Minha mãe sempre me dizia quando eu era pequena, que você não doa o que você não quer mais. Você doa o que você não usa mais. É bem diferente uma coisa da outra. Coisas em péssimo estado, aquilo que lhe parecer lixo mesmo, deve ser destinado como tal. 

3. Vendendo:existem muitos aplicativos hoje em dia facilitando isso. Aqui em casa, Bruno instalou o aplicativo da OLX e vendemos uma quantidade inacreditável de coisas, de móveis a materiais de desenho, a coleções (claro que a preços muito baratos) em tempo recorde. Fiquei muito impressionada, e indico muito. Não, não é pra você ir a forra e cobrar um valor absurdo pelas coisas, é pra você unir o útil ao agradável e se desfazer daquilo que ainda está em ótimo estado, por um dinheirinho camarada.

4. Organizando:não adianta querer. No caso de guardar coisas, querer não é poder. Se você tem um determinado local pra guardar suas roupas, precisa ficar somente com o que cabe lá e pronto. É fisica: dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Aqui em casa, é esse princípio bem básico que estou adotando: só fica aquilo que temos espaço pra guardar. 


Do livro da Thais Godinho, do blog Vida Organizada

Tudo isso é um processo, que não acontece da noite pro dia. 3 anos de bagunça não se resolvem em um fim de semana. Mas a gente precisa começar, e eu garanto que vale a pena!

Até :)

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